RESISTÊNCIA A MUDANÇAS...

Esta história de tirar fralda é muito complexo. Mais do que eu imaginava.

Minha amiga Ivone disse que tirou a da Manuela, dois meses mais nova que o Filipe, em três dias.

O Mathys, segundo a Viviane, simplesmente um dia disse que não queria mais.

Tudo parecia ser fácil... mas putz! Não é não.

Talvez o Filipe não esteja preparado ainda, ou talvez falte preparo a nós para lidar com a situação.

No primeiro dia que ele foi pra escolinha de cueca, esperava que fosse sujar muita roupa. Mandei umas oito trocas. Quando vou buscá-lo, ele surge na porta com a mesma bermuda. Não entendi nada!

- Ele travou. Não quis fazer nada.

Bem pior do que eu imaginava!!! Na tentativa anterior feita em casa ele fez várias vezes xixi na calça, todas elas, inclusive. Achei que isto era o máximo que poderia ocorrer, mas não era.

Na sexta, de bobeira, consegui com que ele subisse no banquinho e fizesse xixi no vaso. Como não estava pondo muita confiança, o banquinho ficou longe e tudo foi pro chão. Mas vibrei, fiz 'yes' com ele. Pensei. Pronto, agora vai!

Foi pra trás, isto sim! Não sei se sem querer estamos pressionando ele, mas parece que está com pavor de fazer xixi.  Está irritado, travando xixi, correndo do assunto literalmente...

Não sei se é a hora certa...

Mas na escola disseram que só outras três crianças continuam na fralda na sala dele e se eu não tirar agora só no fim do ano, porque eles não têm nenhuma experiência positiva de tirar as fraldas no inverno.

A hora é agora!!!! Que hora? Será?

DELICIOSO TRIÂNGULO

Estava revendo as últimas fotos. O que vi foi o registro de vários momentos felizes do Filipe... vez comigo outra com o Mitre. Flashes de uma história bonita vivida a três, registrada aos pares. Embora sempre estejamos em dois, somos três. Assim como foi hoje à tarde, lá no Centro Hípico. Me fez muito feliz conseguir mostrar o pai ensinando o filhote a dar cenoura aos cavalos. Nossas auras se iluminaram! E nos divertimos muito. Filipe é um barato!!!

BATEU, LEVOU!????

Ontem bati no Filipe. Para ser mais exata, dei três tapas na mão dele. Três tapas. Um seguido do outro. Quase sem tempo entre eles.

O que me matou foi que eu dei como reação a uma atitude dele. Não foi simplesmente para repreender algo errado que ele fez... Foi um reflexo, no ímpeto por ter jogado na minha cara o Diego. Diego é uma miniatura de plástico daquele dente de sabre do filme A da Era do Gelo que o Vinícius deu pra ele (A fase agora é esta. O Cocoricó foi substituído pela trilogia. Finalmente... Nada contra o Cocoricó, mas não agüentava mais assistir repetidas vezes à turminha da fazenda. Daqui a pouco também fico saturada da Era do Gelo... umpf!).
E o danado jogou o bicho forte. Bateu neste ossinho que fica bem abaixo dos olhos, no cantinho externo da face. Está doendo até agora...
Bateu, levou! Não pode ser assim.
Não acho que surra corrige ninguém. Nunca me senti bem de ver uma criança apanhando. Mas em algumas situações um tapinha não faz mal a ninguém. É até necessário... Que me perdoem as psicólogas!
Ok. Tentei seguir todas as orientações de algumas que entrevistei. Na fase que o Filipe estava com mania de me dar um tapa na cara cumpri todo o ritual de dizer que não pode, falar na altura dele, olhando nos olhos, ameaçar deixar de fazer algo caso repita a atitude... até que no dia em que fiz tudo isto, na seqüência, e ele me enfrentou e não só me deu outro tapa, como o segundo e depois o terceiro. Mandei as recomendações dos especialistas às favas e dei um tapa forte na mão dele. Primeiro para que soubesse que se era ruim levar aquele tapa era também para mim e também para que aprendesse que não se pode bater na mamãe dele.
Se estou certa ou não? Isto eu não sei. Mas que ele interrompeu logo a fase, ah, isto interrompeu.

Então tá! Se não sou contra um tapinha de vez em quando por que então tanto drama agora??!!!
É porque pela primeira vez bati sem parar pra pensar. E isto não me fez bem.
O fato é que eles nos testam o tempo todo e não têm noção da força que têm. O Filipe, sem querer, vive me machucando, bate a perna na minha cara, chuta minha cabeça, se joga contra mim, pula no meu estômago... uma doçura de criança!
Mas é mesmo! Só que não tem noção da sua força e é estabanado e moleque demais!!!
Mas preciso diferenciar para ele a brincadeira, da falta de respeito. Senão ele perde os limites comigo e com o resto do mundo.
Educar dói!!!!!!