Desta vez, o Mitre foi comigo.
A cada notícia dada pela Dra. Cristina, eu chorava de emoção. Ela explicava em detalhes cada um dos itens avaliados que consideram o risco do bebê ter ou não síndrome de down. A translucência na nuca, o ossinho no nariz, a distância entre os olhos... todas as características garantiam que o meu bebê era saudável, como eu já pressentia... todos os órgãos estavam visíveis, pés, mãos, bexiga, estômago... coração batendo forte!
Frequência cardíaca: 164 bpm.
Aos prantos me sentia aliviada!
A médica me explicou que com a minha idade, 40 anos, o risco deu ter um bebê com síndrome de down era de 1 em 77. Depois do que ela conseguiu avaliar, o risco corrigido passou para 1 em 384, como se eu tivesse 31 anos. Melhor que uma cirurgia plástica!!! Comemorei...
Ela me perguntou se eu queria saber o sexo do bebê.
Ué?! Já pode?
Ela me explicou que existe um negócio chamado "broto embrionário" que se estiver na vertical é menino, na horizontal é menina...
A esta altura, saber o sexo é o que menos importa. Já bastava saber que o bebê estava bem...
Mas já que vc perguntou... fala, vai...
70% de chance de ser menina, mas precisamos fazer de novo pra ver mais pra frente com certeza...
Finalmente contamos pro Filipe! O Mitre perguntou pra ele o que tinha na minha barriga. Ele respondeu: um bebê. E o que é filho? uma irmãzinha - ele arriscou.
Contei pra ele que, assim como ele era um anjinho que ficava observando o papai e a mamãe felizes aqui na terra desejou estar entre nós e tratou de entrar na minha barriga, o bebê também era um anjinho lá no céu que via ele brincar aqui embaixo e quis muito ser irmão dele... ele sorriu, fez carinho em mim, teve uma reação bem legal!
Seremos uma familia muito feliz!!! Espero do fundo do coração que os dois sejam os melhores companheiros um para o outro, sejam amigos, parceiros e cúmplices... Amém!!!
